Vinicius Ribeiro - Arquiteto, Urbanista e Professor Universitário

Vinicius Ribeiro toma posse na Assembleia Legislativa

Retorno a esta Casa, sabendo da minha condição diante dessa situação, mas convicto para resgatar a representatividade de Caxias do Sul e da Região Metropolitana da Serra Gaúcha

Vinicius Ribeiro Notícias 1119 views 3 min. de leitura

Vinicius Ribeiro toma posse na Assembleia Legislativa
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Vinicius Ribeiro tomou posse como Deputado Estadual na Assembleia Legistativa, na tarde desta quinta-feira (26). Nas eleições de 2014, obteve 29.565 votos, conquistando a segunda suplência. 

No seu discurso de posse, Vinicius destacou a responsabilidade de assumir a vaga como representante de Caxias do Sul  e Região. “Retorno a esta Casa, sabendo da minha condição diante dessa situação, mas convicto para resgatar a representatividade de Caxias do Sul e da Região Metropolitana da Serra Gaúcha. Sei que serei deputado de todo o estado mas, sei também, que todo estado precisa do desenvolvimento desta região".

Também ressaltou o trabalho realizado na presidência da Corag, onde implantou medidas de redução de despesas e planejamento. "(...) é possível administrar empresa pública e dar resultados práticos. A gestão pública requer isso: anunciar menos e fazer mais".

Vinicius De Tomasi Ribeiro

Natural de Caxias do Sul, Vinicius é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Caxias do Sul, Pós-Graduado em Gestão Empresarial pela FGV e foi aluno do Programa de Mestrado em Planejamento Urbano Regional na UFRGS. Participou em diversas palestras e conferências relacionadas à Gestão e Planejamento da Mobilidade Urbana. 

Foi eleito vereador de Caxias do Sul pela primeira vez aos 23 anos, sendo Presidente da Câmara no primeiro mandato e reeleito para mais quatro. Em 2005, foi convidado a assumir a Secretaria do Planejamento, na qual promoveu a discussão sobre o Plano Diretor da cidade. Em 2009, licenciou-se para assumir a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, encaminhando mudanças na priorização do transporte coletivo. 

Assumiu como deputado estadual titular em janeiro de 2013. Na Assembleia, foi presidente da Comissão Especial de Mobilidade Urbana, coordenou a Frente Parlamentar da Mobilidade Urbana, foi presidente da Escola do Legislativo. É autor do projeto que institui o Plano Estadual de Mobilidade Urbana e da Lei que criou a Região Metropolitana da Serra Gaúcha. 

Em março de 2015 passou a presidir a Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag), cargo que renunciou para assumir vaga na Assembleia.

Confira o discurso de posse na íntegra:

Alguns destinos nós escolhemos. Outros, acolhemos.

A vida não é tanto o que nos acontece, mas como reagimos com aquilo que nos acontece. O momento não é de alegria e de exaltação, mas de reflexão.

O que nos fez chegar aqui foi a condição da nossa votação, somada a uma renúncia e/ou cassação. Não cabe a mim julgá-la e não farei história em cima deste fato, mas deixarei que a própria história faça a sua parte.

É hora de colocar os pés na terra, recarregar as energias e com a sola do pé no barro, poder, em sinal de humildade, se igualar a quem nos colocou aqui.

É hora de baixar o volume do poder, de baixar o volume do glamour, de baixar o volume da exposição, para poder ouvir a essência da vida pública.

A vida pública não é uma criação, mas uma condição humana. A vida pública é uma vocação, é um sacerdócio e é algo maravilhoso. É através dela que podemos transformar a vida das pessoas.  O problema dela não está nela, mas na ferramenta que a manipula: a atual política.

O que fez a política chegar até aqui não será o mesmo que levará a sociedade aonde ela quer chegar.

Nós merecemos algo melhor. O país foi cooptado por interesses pessoais, partidários e econômicos, pela falta de atuação que o cidadão teve e ainda tem. Quero dar oportunidade para a população exercer a cidadania através do nosso mandato.

O cidadão é um ente admirável e nós precisamos ajudá-lo a tomar posse do seu país. Os gaúchos e brasileiros não merecem a estrutura pública e política que está ai.

A principal mudança passa por um conjunto de ações para tornar o Estado do Rio Grande do Sul um estado enxuto. Para nós, o estado não deve ser mínimo, mas necessário.

Trago o exemplo da Corag, empresa até ontem presidida por nós, através de uma metodologia de “Gestão Compartilhada”, em que todos são responsáveis pelos resultados econômicos, financeiros, de eficiência e de qualidade. Não é símbolo de gestão, mas é um exemplo de ação.

A empresa reduziu 40% das funções gratificadas, 50% dos cargos de confiança, 57% das despesas gerais e 7% das despesas totais, além de repassar R$ 4 milhões ao estado de um orçamento de R$ 60 milhões, previsto neste ano. Na pesquisa de satisfação dos clientes, mais de 90% consideraram os serviços prestados pela empresa como ótimo e bom. As duas certificações de qualidade da Administração Sartori encontram-se na CORAG, conquistadas neste ano. 

A previsão não é de déficit, pelo contrário, será de superávit de mais de R$ 12 milhões. Por isso, afirmo que é possível administrar empresa pública e dar resultados práticos. A gestão pública requer isso: anunciar menos e fazer mais.

Retorno a esta Casa diferente da condição que saí, convicto que a política é mais vista nos sinais e nos exemplos do que nos símbolos. A ilusão é uma forma de expressar desses símbolos. Não vamos nos iludir!

Retorno a esta Casa, sabendo da minha condição diante dessa situação, mas convicto para resgatar a representatividade de Caxias do Sul e da Região Metropolitana da Serra Gaúcha. Sei que serei deputado de todo o estado mas, sei também, que todo estado precisa do desenvolvimento desta região.

Retorno a esta Casa afirmando que meu destino, são minhas origens.

Retorno a esta Casa acreditando que o Estado do Rio Grande do Sul tem saída e que todos precisam colaborar, cedendo um pouco de cada para não ceder tudo de um. Acredito que precisamos cortar tudo o que é possível e mais um pouco, não aumentar salários, subsídios e estruturas. Acredito também que todos os poderes e orçamentos próprios devem ter metas de diminuição de despesas, fazendo com que seus orçamentos não sejam maiores no próximo ano. Acredito, senhores deputados, que não nos é permitido pensar diferente.

Retorno a esta Casa mais aberto à população. Na dúvida do certo ou do errado, do voto ou de qualquer ação, pensarei com qual atitude minha mãe - professora aposentada do estado, e de meu falecido pai – quinta vítima da Gripe A em 2009, se orgulhariam de mim. Terei certeza que o orgulho deles será o meu dever em atitude.

Retorno a esta Casa agradecendo aos quase 30 mil eleitores e eleitoras que nos colocaram nesta tribuna na tarde de hoje. Ao voto de todos que acreditaram na força do nosso trabalho. Aqueles também que devo pedir desculpas que, por qualquer situação, tenha ofendido. Aqueles que não votaram em nós, e que fizeram a gente repensar nossas atitudes e nosso trabalho. A estes, nosso pedido de reconsideração e de nova oportunidade.

Retorno a esta Casa para colaborar com os deputados e com o governador Sartori, com todo esforço do trabalho e da dedicação em equipe, para fazer o que precisa ser feito, destacando que nossas ideias não podem ser partidárias, nossas ideias precisam ser gaúchas.

O tipo de estado que nos tornaremos será mais das nossas decisões e ações, do que das nossas condições.

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